segunda-feira, 2 de junho de 2008

Na pista molhada, Fernando Souza fatura 2º corrida do Go Kart!

A previsão do tempo apontava chuva torrencial e uma temperatura de 10ºC para o horário da corrida. Uma hora antes da prova, precipitavam as primeiras gostas sobre Curitiba e o frio apertava. A perspectiva de pista molhada trouxe à mente dos sanguinários pilotos do Go Kart a lembrança da vitória de Lewis Hamilton no conturbado GP de Mônaco, há uma semana. A diferença estava nos iates com mulheres de biquíni e a lareira com pinhão e chocolate quente. Num chove-não-molha típico da capital paranaense, os amantes da velocidade chegam a Raceland para a 3º etapa do Go Kart!.

Todos devidamente uniformizados para enfrentar condições climáticas adversas (ou seja, roupa de motoboy em dia chuvoso), os diretores da pista começam a preleção e fornecem dicas para enfrentar o piso molhado. A verdade é que ninguém estava nem aí pro cara e queríamos mesmo era pisar fundo naquela porra de acelerador. E quando a expectativa estava a ponto de provocar um ataque cardíaco, termina, sob chuva, a preliminar do Go Kart.



No início dos preparativos para a tomada de tempo, os caçadores de aventuras percebem que a chuva cessa, mas não há tempo suficiente de secar a pista. Então os pilotos, um a um, deixam os boxes e sentem o cheiro da velocidade quase dois meses depois das duas primeiras baterias do campeonato. São cinco minutos para definição do grid invertido e da pontuação.


Ricardo Juliani faz o melhor tempo e larga em último, levando 10 pontos pra classificação geral do campeonato. Fernando Souza faz o segundo tempo, seguido por Jeferson Zimmerman, Tuna Castilho e Waltin Petla.



Na seqüência, todos perfilados aguardando a luz vermelha apagar. Aumentam os giros dos motores, apagam-se as luzes e coméééééééééçaaaa o Go Kart!!!


Eduardo Grelha, Diogo Fernandes, Ariel de Lara e Eduardo Besouro dividem a primeira curva. Daniel Weimer, Garapa Perin, Marcelo Urânia e Cris Castilho apertam o pé logo atrás. Nenhuma batida ou escorregada, profissionalismo total. As primeiras curvas são disputadíssimas, mas sem nenhuma loucura ou afobação, todos pensando nos pontos valiosos para o campeonato. Porém, ainda na primeira volta, na curva parabólica que antecede a reta de chegada, Marcelo Urânia perde o controle na frenagem e roda bonito, caindo para penúltimo. Na frente, Diogo Fernandes lidera o pelotão.



Já na segunda volta, Fernando ultrapassa Diogo e assume a liderança da corrida. Logo depois viriam Ricardo e Waltin para seguir o líder. Na disputa pela quarta colocação, Diogo, Garapa, Ariel e Cris fazem as curvas juntos e travam a mais acirrada briga da corrida, com trocas frenéticas de posições (ui!). Na luta do oitavo posto em diante, Tuna, Daniel, Jeferson, Besouro, Grelha e Marcelo vendem a alma pro capeta na tentativa de melhorar o desempenho.


Sem chover, a pista vai melhorando e os pilotos perdendo o receio de acelerar. Marcelo Urânia e Cris Castilho começam a se recuperar do pífio início de prova e ganham algumas posições. Daniel Weimer tem problemas com seu kart e entra nos boxes, perde muito tempo e, quando volta pra pista, sem maiores aspirações, constata outro problema no kart, abandonando em seguida.


Com a briga entre Ricardo e Waltin pela segunda posição, Fernando Souza dispara na frente e Marcelo Urânia, já em quarto, anda no limite para alcançá-los. Ricardo e Waltin batem e rodam, Marcelo aproveita e ultrapassa por fora para assumir a segunda posição. E, favorecido pela melhora nas condições da pista, Marcelo faz a melhor volta no 11º giro, com 52.098 segundos, quase seis segundos mais rápido que o pole position.


E aí o mundo desaba sobre a Raceland. Começa a chover e... haja coração, amigo!


Usando todas as técnicas de drift e punta-taco adquiridas nos simuladores, os Go Karters despejam toda a (falta de) habilidade e (falta de) experiência em condições extremas. Inúmeras rodadas e batidas transformaram a corrida numa loteria. Marcelo Urânia ignorou as dicas de conduta na chuva e logo perdeu posições. Cris Castilho não conseguia controlar o kart e tornou-se uma enceradeira. Alguns passearam na grama. Eduardo Besouro rodou na entrada do miolo e ficou parado no meio da curva, local perfeito para Garapa Perin, que veio perdido na curva, rodando e acelerando, acertá-lo em cheio! Eduardo perdeu o bico do kart e 45 mangos, Garapa ganhou dores nas costas.


A briga agora estava restrita ao piloto, ao próprio kart e à pista. Era esquecer os adversários e dar o máximo para o kart fazer a curva. A borracha na parte de dentro das curvas, perto das zebras, era um sabão. Aderência zero. Fitas de alta periculosidade. Impressionante como o kart fica desgovernado. Era uma questão de manter-se na pista para ganhar posições. Foi o que fizeram Fernando e Ricardo, adaptando-se bem as condições. Tuna faturou a posição de Waltin e, seguidos por Ariel e Jeferson, formaram os seis melhores.


Confira o resultado da encharcada 2º corrida:



A próxima corrida será no Kartódromo SJP, com data a definir. Até lá, o Go Kart! - Campeonato Mundial Brasileiro de Kart Amador de Curitiba – fica assim:




E agora prometemos nunca mais achincalhar um piloto que rodar na pista molhada usando pneu slick.


Go Kart! Go Kart! Go Kart!